A formação é investimento. Ou será um custo?
Ao logo de mais de 25 anos a gerir projetos de formação e de contactar com inúmeros empresários sobre as suas políticas de investimento nesta área, muitas vezes me interroguei sobre a forma como aplicavam o seu dinheiro.
Ninguém tem dúvidas que a formação é fundamental na evolução profissional de cada colaborador e da empresa como um todo.
Se perguntarmos num auditório cheio de empresários, não haverá com certeza ninguém que diga que a formação é um custo mas sim um grande investimento.
Acontece que por vezes – felizmente, cada vez menos – encontramos quem diga “o meu pessoal não precisa de formação”. É evidente que quem pensa assim é o primeiro a precisar de a ter e, nestas situações, é mesmo um bom investimento.
Também nos deparamos, não raras vezes, com empresas que querem dar formação aos seus colaboradores, mas não sabem em quê. Estas situações revelam a inexistência de um diagnóstico de necessidades que permita definir as prioridades de formação que cada um deve fazer para complementar competências em falta e, se não atuamos a tempo, o dinheiro gasto na formação não é de todo um bom investimento ou será enorme a tendência para que não seja.
No entanto, também temos bons exemplos ao nível do diagnóstico de necessidades de formação, na elaboração dos seus planos, na execução, e mesmo na avaliação. Mas não basta para garantir o sucesso do investimento na formação.
É fundamental, antes deste trabalho todo, o qual deve ter caráter anual, que as competências para cada função a desempenhar em cada departamento estejam bem definidas.
Se este trabalho prévio estiver feito, sabemos que quem trabalha naquele departamento, com aquela função, precisa de ter determinadas competências, independentemente da pessoa que ocupa esse posto. Mesmo numa rotação interna de pessoal ou entrada de novo colaborador é muito mais fácil e eficaz diagnosticar a formação a dar a quem vai ocupar novas funções.
Não vale a pena dar formação de informática a quem não trabalha com um computador. Dificilmente esta formação trará resultados à empresa e o valor aplicado será com certeza um custo desnecessário.
Mas se pensarmos numa lógica de competências por departamento e função, com diagnósticos assentes em relatórios anteriores, a probabilidade de sucesso é grande e as avaliações que se façam posteriormente irão demonstrar que a formação foi um bom investimento.
A formação é investimento ou será um custo?
Depende de si mas nós poderemos ajudar.
Rui de Mesquita Diniz, Gestor Projetos de Formação
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